Vietname

O que fazer em Ho Chi Minh City

Ho Chi Minh City, anteriormente conhecida como Saigon, é o coração económico do Vietname e o principal centro da região sul. Saigon passou a chamar-se de Ho Chi Minh após a Guerra do Vietname, quando o partido vietnamita decidiu homenagear o líder Ho Chi Minh.
Esta é também a cidade mais populosa do país e é tão caótica que chega a ser engraçado, até. Aqui não há regras da estrada e foi onde vimos o trânsito mais enlouquecedor das nossas vidas! Não é à toa, visto que é a cidade do Mundo que tem mais motas em circulação. Um outro aspecto que nos marcou na visita à cidade foi a sua “ocidentalização”. Oposta a Hanói, que ainda mantém forte a cultura oriental, a antiga Saigon parece-se muito com uma grande cidade ocidental. Tal facto, acreditamos nós, deve-se à invasão francesa, deixando marcas na arquitectura e até na gastronomia. Mas, sem mais demoras vamos lá mostrar-vos o que fazer em Ho Chi Minh City, com muitas dicas úteis!

Como ir do Aeroporto de Ho Chi Minh para o centro

Localizada na parte Sul do Vietname, existem várias formas de chegar a Ho Chi Minh: avião, comboio ou autocarro.

Se pretende fazê-lo de comboio ou autocarro, este é o melhor site para comprar os seus bilhetes. Basta colocar o local de partida, o local de chegada e a data. O site é super intuitivo e de confiança.

Existe também a possibilidade de chegar à cidade de avião, já que Ho Chi Minh tem um (grande) aeroporto. O nome exacto é Aeroporto Internacional de Tan Son Nhat (TIA). Este é um dos maiores aeroportos e mais movimentados, com o maior desempenho logístico do país.

Foi exactamente através de avião que chegámos a Ho Chi Minh, vindos de Da Nang. Visto que as distâncias são enormes e o nosso tempo era escasso, esta foi a forma mais fácil de percorremos o país de lés a lés. Viajámos pela Bamboo Airlines e o voo, para além de ser curtinho, correu super bem.

Chegámos por volta das 23h a Ho Chi Minh e já tínhamos estudado as hipóteses para chegar ao nosso hotel. A ideia inicial era apanhar um autocarro até ao centro da cidade. São vários os autocarros que fazem este trajecto: n°152, 119, 109 e 49. O preço dos bilhetes varia entre 6000 a 40 000 VND/pessoa.

Mas, nós estávamos tão cansados, que decidimos ir de Grab. No entanto, apercebemo-nos que o Grab não chegava ao aeroporto. A partir daí foi uma confusão, visto que os taxistas nos assediavam a toda a hora. Valeu-nos um casal que também queria ir até ao centro e partilhámos um táxi com eles.

Onde ficar alojado em Ho Chi Minh

Sendo Ho Chi Minh uma cidade tão grande, é normal sentir-se um pouco perdido aquando a reserva do seu alojamento. Antes de mais é importante saber que a cidade encontra-se dividida em distritos, a maior parte deles usando uma nomenclatura que vai de 1 a 12. Apesar da numeração não seguir uma ordem pré-estabelecida, é possível entender que, de modo simplificado, quanto menor a numeração, mais próximo da região central estará.

Assim sendo, recomendamos que fique alojado no Distrito 1 ou no 3, visto que é onde maioria da atracções turísticas se encontram.

Nós ficámos alojados duas noites no The Odys Boutique Hotel e foi fabuloso. Localiza-se no centro de Ho Chi Minh e é uma óptima escolha para quem busca privacidade e uma boa localização. Para sermos mais precisos, o hotel localiza-se apenas a 350 metros do Mercado Ben Thanh e a 900 metros da Torre Bitexco. Podem ver aqui como foi a nossa estadia lá.

O que fazer em Ho Chi Minh City

A maioria das atracções de Ho Chi Minh ficam perto umas das outras. Assim sendo, pode conhecer tudo a pé, facilmente. Se, tal como nós, gostam de visitar algumas zonas fora do “óbvio”, sugerimos que recorram aos autocarros, que são muito intuitivos e baratos.

Dia 1 em Ho Chi Minh

Como tínhamos apenas dois dias para visitar a cidade, todos os dias levantámo-nos bem cedinho. Depois de um gostoso e reforçado pequeno-almoço no The Odys Boutique Hotel, partimos à descoberta. Decidimos começar pelos locais mais afastados do centro, para gerirmos melhor o tempo. Assim sendo, fomos de autocarro até à Chinatown.

É muito engraçado ver as disparidades das duas realidades na mesma cidade. A poucos quilómetros do centro encontramos uma zona mais genuína, cheia de comércio local. Vagueámos um pouco pelas ruelas da Chinatown, sem rumo, a apreciar o dia-a-dia árduo dos comerciantes. Foi ali que nos deparámos com um dos grandes problemas da cidade, que nos percorrera ao longo destes dias: ratos! Há imensos e fez-nos mesmo muita confusão.

Mas adiante… Já que estávamos naquela zona, decidimos visitar o Templo de Thien Hau. É um templo de estilo chinês e é dedicado a Thien Hau, a Senhora do Mar, também conhecida como Mazu.

Como estava praticamente vazio, conseguimos aproveitar da melhor forma e visitar tudo nas calmas. Esta é uma das vantagens de visitar alguns locais mais afastados.

Regressámos ao centro, novamente de autocarro, para visitar um dos templos mais afamados da cidade: o Jade Emperor Pagoda.

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Este foi um dos templos mais bonitos que visitámos na cidade. Foi construído pela comunidade chinesa, em 1909, e apesar de não ser grande, o templo é bastante bonito e ornamentado.

Ali dentro encontra-se uma estátua enorme do Imperador Jade Chua Ngoc Hoang, o “Senhor do Paraíso”, e muitos outros deuses e deusas. Lá dentro tem vários altares pequenos, com corredores estreitos e muitos fiéis a acender velas e incensos.

Os crentes fazem ainda oferendas de todo o tipo, desde carne, ovos, dinheiro e muito mais. É muito interessante ver esta diferença cultural e religiosa. A entrada no templo é gratuita e está aberto diariamente, das 6h às 18h.

O calor já apertava e seguimos até ao próximo destino: a Igreja Tan Dinh.

Conhecida como Igreja do Sagrado Coração de Jesus, a igreja foi erguida entre 1870 e 1876, com influência de arquitectura romana e gótica. Mas, o mais peculiar é a sua cor. O templo encara-nos num bonito cor-de-rosa que apaixona qualquer um.
A entrada é grátis e está aberta de segunda-feira a sábado, das 8h às 12h e das 14h às 17h. Infelizmente não conseguimos visitar o seu interior pois já passava um pouco das 12h.

Dicas para viajar para o Vietname – Aqui!

Para ter uma outra perspectiva da igreja, recomendamos que entre no Cong Caphe, que se localiza mesmo à sua frente. Suba até ao último andar e aprecie! Além disso, este café é uma óptima paragem estratégica para descansar um pouco e beber algo refrescante.

A caminho dos próximos locais a visitar, parámos no Banh Mi 362 para almoçar. Não foi o melhor Banh Mi que comemos, mas deu para reconfortar estes estômagos famintos! 🤭

E eis que chegámos à vistosa Notre Dame. É verdade… Não estamos enganados. Também no Vietname há uma Notre Dame. A Catedral de Notre Dame vietnamita foi erguida entre 1863 e 1880, e todo o material utilizado na obra foi trazido de França. Infelizmente, esta estava em obras e não deu para ver rigorosamente nada!

Mesmo ali ao lado encontramos, num edifício amarelo, o Saigon Central Post Office. Esta estação de correios foi construído entre 1886 e 1891, também pelos franceses. O edifício foi projectado por Gustave Eiffel, o mesmo arquitecto encarregue pela Torre Eiffel e a Estátua da Liberdade. Dizem que Eiffel inspirou-se numa estação de comboios para construir o interior dos correios, e isso nota-se muito facilmente – basta olhar para o tecto.

Este é o maior Correio Central do Sudeste Asiático e está totalmente operacional. Aliás, são muitos os turistas que ali enviam um postal para casa. Uma bonita recordação!

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Seguimos para uma das mais duras visitas (mas necessária) que já fizemos na vida. Falamos, portanto, do War Remnants Museum (Museu da Guerra). Este museu retrata inteiramente a guerra no Vietname e foi um verdadeiro murro no estômago!

Para contextualizar e muito resumidamente, o Vietname era uma colónia francesa até ser independente. Esta independência foi estabelecida durante a Conferência de Genebra, em 1954, na qual foi definido também que o país seria dividido em dois: Vietname do Norte e Vietname do Sul. Prometeram eleições democráticas para reunificar o país, o que não aconteceu, levando a uma Guerra Civil. Durante esta guerra o Vietname do Sul tinha o apoio dos Estados Unidos e o Vietname do Norte tinha da China e União Soviética. No Sul a população queria a unificação do país, mas comunista. Como os Estados Unidos eram contra o comunismo na região, lutaram contra esse movimento e contra o Vietname do Norte.

O museu está dividido em várias salas, onde podemos encontrar, de forma bem explícita, o que aconteceu no país ao longo daqueles anos. Logo na parte de fora irá encontrar várias relíquias da guerra, nomeadamente caças, tanques, aviões, lança-mísseis, entre outros.

No interior existe uma sala dedicada às armas usadas, e é realmente impactante ver a quantidade de armamento trazido. Existe ainda uma outra sala intitulada de “Agression War Crimes”, onde podemos ver vários retratos dos soldados a praticar injúrias de guerra em fotos a preto e branco, muitas delas registradas por fotógrafos da mesma nacionalidade que acompanhavam o exército durante os ataques. É de partir o coração ver (e sentir) o que se passou lá!
Estes registos foram utilizados pela imprensa e pelos opositores do conflito para motivar a opinião pública a posicionar-se contra o envio de tropas para o Vietname.

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Uma outra sala retrata que além de artilharia de guerra, usaram também produtos químicos. O conhecido “Agente Laranja” era um produto químico altamente tóxico e letal. Foi utilizado em quantidades elevadíssimas que, além de matarem milhares de pessoas, afectaram também as gerações seguintes que nasceram com deficiências e deformações. Esta foi a maior guerra química já praticada em toda a história da humanidade!

Uma outra parte que nos deixou ainda mais chocados, foi a zona das prisões e jaulas onde permaneciam as pessoas presas. Foi impossível travar as lágrimas!

Depois de milhares de vidas perdidas, a guerra terminou em 1975 (vejam o quão recente é), dando-se assim a unificação no país.

Engana-se quem diz que a Segunda Guerra Mundial foi a mais sangrenta. Ao visitar este museu é evidente perceber que a Guerra do Vientame ficou marcada como um dos eventos mais sangrentos que alguém já teve memória.

Foi uma visita realmente dura, mas necessária, já que a paz em território vietnamita é relativamente recente e, por isso, é importante perceber o impacto que as guerras tiveram na cultura deste país.

Informações úteis:

  • Horário: aberto diariamente das 7h30 às 17h30.
  • Preço do bilhete: 40 000 VND/pessoa.
  • Não é recomendado a visita a pessoas sensíveis.

Saímos destroçados dali. Passámos ainda pelo Palácio da Reunificação, mas decidimos não entrar. Durante a Guerra do Vietname, esta foi a sede administrativa e operacional para o exército vietnamita e americano. Foi do telhado deste edifício que o último helicóptero americano escapou, quando a guerra terminou.

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Para desanuviar fomos até ao September 23rd Park, onde assistimos a um jogo de badminton de rua. Sabiam que os vietnamitas jogam badminton com os pés? É muito engraçado de ver!

Depois seguimos até à Bui Vien Street, a rua onde tudo acontece. Infelizmente tínhamos outros planos, e não ficámos para a noite, no entanto deu para perceber que é ali que as pessoas se reúnem para beber um copo ou dançar. A diversão não falta, tal como anunciam os grandes letreiros coloridos.

A última paragem do dia foi reservada para uma experiência super gira – anotem desde já esta dica! Existem várias empresas que oferecem um passeio de barco para ter uma perspectiva diferente da cidade de Ho Chi Minh, no entanto estas são muito caras. Então, descobrimos uma maneira económica de o fazer!

Deslocámo-nos até à estação Bach Dang, para apanhar o barco público Saigon Waterbus, que custa apenas 30 000 VND/pessoa, ida e volta. A bilheteira localiza-se mesmo em frente à paragem do barco. Pode ver aqui os horários.

Fizemos este passeio de barco, já havia anoitecido, e é super giro ver as luzes a iluminar a cidade. Saímos na estação Binh An, onde temos cerca de 10 minutos para apreciar (e tirar fotos). Dali podemos ter uma vista panorâmica do edifício mais alto da cidade, o The Landmark 81, que tem cerca de 470 metros de altura. Depois desta paragem curtinha, regressamos novamente de barco ao local de partida, a estação Bach Dang.
Esta é ou não uma excelente dica para economizar na sua viagem em Ho Chi Minh? 😋

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O dia tinha sido longo e de muitas emoções fortes, e decidimos jantar no nosso hotel. No terraço do The Odys Boutique Hotel existe um restaurante, o Búp Restaurant, com comida deliciosa.

O prato mais afamado é a costela bovina grelhada na pedra quente. Percebemos o porquê de tanta fama – é mesmo saboroso! Pedimos outros pratos e estavam todos uma delícia. Nada a apontar nesta que foi a nossa melhor refeição no Vietname! Pode ver aqui o menu completo!

Roteiro do 1º dia

  • Chinatown + Templo de Thien Hau
  • Jade Emperor Pagoda
  • Igreja Tan Dinh
  • Cong Caphe
  • Notre Dame
  • Saigon Central Post Office
  • War Remnants Museum
  • Palácio da Reunificação
  • September 23rd Park
  • Bui Vien Street
  • Saigon Waterbus

Dia 2 em Ho Chi Minh

Acordámos novamente cedinho para “queimar os últimos cartuxos”, já que este era o nosso último dia na cidade, mas também no país. A viagem pelo Vietname estava a chegar ao fim! 😥

Decidimos ir espreitar o Templo Hindu Mariamman. O templo é dedicado à deusa Hindu da chuva Mariamman e é muito bonito!

Andámos sem rumo pelas ruas da cidade, até chegarmos ao Ben Tranh Market. Este mercado é bastante conhecido na cidade, mas só está aberto durante o dia.

Ali dentro encontrará de tudo um pouco, comida, lembranças, roupa, calçado… Nós aproveitámos para fazer umas comprinhas de última hora!

Ao caminhar pela região central de Ho Chi Minh, irá notar a grande presença de edifícios altos e modernos. Entre os mais famosos, está o Bitexco Financial Tower, que conta com 68 andares e 265,5 metros de altura, sendo o terceiro mais alto do país.
Se quiser, pode subir e ter uma vista panorâmica sobre a cidade. Nós não entrámos pois achámos muito caro – custa 240 000 VND/pessoa.

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Ainda antes do almoço, fomos relaxar para um dos locais mais conhecidos da cidade, o The Cafe Apartments. Trata-se da conversão mais cool que se possa imaginar de um antigo prédio de 9 andares. Foi transformado em restaurantes, cafés, salões de beleza, lojas de moda e livrarias.

Não se paga entrada, apenas lhe é cobrado uma taxa se quiser subir de elevador. Nós espreitámos todos os andares e recomendamos dois cafés: The Letter Coffe e Saigon Vieux Cafe. Ambos têm esplanadas incríveis na varanda. São mesmo muito giros!

À saída, não deixe de caminhar pela Nguyen Hue Street, uma rua pedestre enorme. Ali irá encontrar a estátua de Ho Chi Minh e também a Opera.

Almoçámos naquela zona e estava na hora de nos despedirmos de Ho Chi Minh. Não podemos dizer que foi a cidade que mais gostámos no Vietname, pois estaríamos a mentir. Ainda assim recomendamos passar por lá para conhecer um pouco mais sobre a história e cultura do país!

Esperamos que este artigo de o que fazer em Ho Chi Minh City lhe seja muito útil!

Roteiro do 2º dia

  • Templo Hindu Mariamman
  • Ben Tranh Market
  • Bitexco Financial Tower
  • The Cafe Apartments
  • Nguyen Hue Street

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2 thoughts on “O que fazer em Ho Chi Minh City”

  1. Olá, Amigos! Suas dicas foram valiosas! Cheguei sem tempo de planejamento preliminar e seu post nos ajudou muito! Valeu! Forte abraço e ótimas viagens!
    🛫🛫🛫🛫

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