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O que visitar no Douro Vinhateiro

“Portugal é um dos países mais bonitos do Mundo”, repetimos isto as vezes que forem necessárias. Para nós é uma não questão. E quando nos perguntam quais as zonas que mais gostamos do nosso país (pergunta difícil, bem sabemos), é inquestionável mencionarmos o Douro Vinhateiro.
Zona de bons vinhos, paisagens soberbas, gente boa e com um ecossistema de valor único, é assim que se caracteriza esta região. A par disto, junta-se trilhos pedestres, miradouros de deixar qualquer um de queixo caído e claro, a gastronomia que é de salivar! Creio que já lhe demos motivos mais do que suficientes para embarcar numa nova aventura, certo? Então, venha daí descobrir o que visitar no Douro Vinhateiro, num roteiro de três dias!

Quando visitar

Diríamos que qualquer altura é boa para uma escapadinha no Douro Vinhateiro. No entanto, os meses estrela são na época das vindimas, logo em Setembro e Outubro. Existem até vários programas bastante interessantes para quem quer ter uma experiência tradicional na apanha e pisa da uva nos lagares. No entanto, conte com uma maior afluência de pessoas nesta altura.

O Inverno pode ser bastante chuvoso e frio, pelo que não é a altura mais agradável para passear!

Já com temperaturas mais amenas, na Primavera, irá ser presenteado com as mais bonitas cores das flores e vegestação. Com sorte ainda consegue assistir ao bonito espectáculo das amendoeiras em flor.

No Verão, esta zona conta com temperaturas bastante altas, mas pode sempre aproveitar para se refrescar nas diversas praias fluviais e claro, os dias são mais longos, para não perder pitada!

Como se deslocar

Para conhecer esta zona, achamos imprescindível recorrer ao carro. Além de ter total liberdade, é praticamente impossível chegar aos locais que iremos mencionar de outra forma. A não ser claro, se viajar com tudo organizado numa excursão.

Se estiver sem viatura própria, o melhor mesmo é alugar um carro.

Onde ficar

De forma a maximizar o tempo disponível sugerimos dormir em localidades diferentes, dependendo do seu roteiro.
Apesar das distâncias parecerem curtas, as curvas e contracurvas tornam as viagens mais morosas. Assim sendo, aquando a organização da sua viagem, divida as noites de hospedagem por várias localidades.

Na nossa passagem pelo Douro Vinhateiro decidimos pernoitar em Alijó um noite e a outra em Vila Nova de Foz Côa. Como não queríamos gastar muito dinheiro, ficámos nas Pousadas da Juventude, em quartos privativos. Sem luxos, limpinho e com um ambiente muito agradável.

Pela nossa experiência, as melhores localidades para pernoitar no Douro Vinhateiro são: Peso da Régua, Pinhão e Vila Nova de Foz Côa. São as regiões maiores, com mais oferta de alojamentos (para todo o tipo de gostos e carteiras) e com melhores acessos e serviços.

Por ser uma zona com bastante turismo, sugerimos que reserve a sua estadia com alguma antecedência. Deixamos aqui os links, para pesquisar um hotel à sua medida:

O que visitar no Douro Vinhateiro

Aproveitámos um fim de semana prolongado em Outubro para conhecer o Douro Vinhateiro. E claro, como 99% das pessoas saímos de lá completamente rendidos!

A nossa viagem teve início na zona de Peso da Régua e terminou em Vila Nova de Foz Côa, apenas por uma questão de logística (íamos de Coimbra). O ideal é iniciar numa extremidade e terminar em outra, para não despender tempo em viagens. No entanto, pode começar o roteiro na zona que for mais conveniente do seu ponto de partida!

1º dia no Douro Vinhateiro

Começámos então o nosso roteiro na belíssima cidade de Peso da Régua. Estacionámos o carro perto do cais fluvial de Peso da Régua e percorremos a Ecopista Ribeirinha. No horizonte cruzam-se os vários barcos que navegam no Rio Douro para mostrar às pessoas o quão bonita esta região é.

Fomos espreitar a icónica estação ferroviária e lá acabámos por provar os famosos Rebuçados da Régua, dos quais ficámos fãs.

Atravessámos a bonita ponte pedonal sobre o rio Douro, que era a antiga ponte ferroviária da Régua. As paisagens envolventes são lindíssimas!
Sugerimos ainda a visita ao Museu do Douro e à Igreja Matriz de São Faustino.

Seguimos viagem até um dos miradouros que nos encheu logo as medidas (mal nós sabíamos o que nos reservava os dias seguintes). Eis que chegámos ao Miradouro São Leonardo de Galafura.

Devemos confessar que ficámos ali mais do que era suposto. Sentámo-nos e aproveitámos o momento. As vistas deslumbrantes pediam-nos para ficar mais e… aproveitar. Foi mesmo isso que fizemos!

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Fizemo-nos de novo à estrada, desta vez numa que é considerada uma das estradas mais bonitas do Mundo. Percebemos perfeitamente o motivo. A estrada nacional N222 arrebata qualquer pessoa!

Ao longo da estrada irá encontrar o Miradouro de Casais do Douro, o Miradouro de Cedovim, o Miradouro da Doroteia, o Miradouro da Estrada Nacional 222 e o Miradouro da Abelheira. É só parar e apreciar. São vinte e sete quilómetros de pura beleza e magia… Simplesmente incrível!

A paragem seguinte foi em Pinhão, uma das localidades mais emblemáticas do Douro Vinhateiro. E não poderíamos referir Pinhão sem mencionar o famoso Vinho do Porto. Era através do comboio do Douro e dos tradicionais barcos rabelo que transportavam o vinho até às caves de Vila Nova de Gaia.
Assim sendo, nesta zona irá encontrar algumas das mais famosas quintas.

Vindos pela EN222, atravessámos a carismática Ponte Rodoviária sobre o Douro para entrar em Pinhão. Sabia que esta ponte é da autoria de Gustave Eiffel, o mesmo da Torre Eiffel em Paris?

Começámos por passear na marginal ribeirinha. É daqui que saem os emblemáticos cruzeiros do Douro, portanto, se tiver tempo, aproveite para ter uma experiência única com uma perspectiva diferente desta região.

Mas se passear à beira do rio já é uma experiência prazerosa, tem mesmo de visitar a Estação Ferroviária de Pinhão, o cartão postal da vila.

Mas o que tem uma estação ferroviária assim tão de especial? Ora então, atente nas paredes… Estão cravadas de painéis de azulejos (datam de 1937) que retratam todo o ciclo de produção do vinho do Porto.

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Deixámos Pinhão para trás e rumámos até ao Miradouro de Casal de Loivos. Mais um miradouro, mais uma vista que não desilude. Vá-se habituando!

Deste miradouro pode observar o rio Douro que descreve uma curva em frente ao Pinhão e serpenteia pelas encostas repletas de vinhas em socalcos, criando uma das mais belas paisagens! Que brutalidade!

Terminámos o nosso dia em Alijó, uma região pacata. Numa voltinha, conseguimos visitar o histórico edifício dos Paços do Concelho, a Igreja Matriz e o Pelourinho. Este era ainda o primeiro dia e já só sonhávamos com o que viria a seguir!

Roteiro do 1º dia:

  • Peso da Régua
  • Miradouro São Leonardo de Galafura
  • Estrada Nacional N222
  • Pinhão
  • Miradouro de Casal de Loivos
  • Alijó

 

2º dia no Douro Vinhateiro

Saltámos da cama bem cedinho, prontos para aproveitar esta linda região. A primeira paragem do dia foi no Miradouro de São Lourenço, um projecto da autoria do escultor Paulo Moura.

Este miradouro possui uma vista privilegiada sobre o vale do Tua e ao entrar na silhueta de São Lourenço, conseguimos usufruir da magnífica paisagem envolvente. É mesmo bonito!

E como visitar miradouros (e contemplar as suas vistas) nunca é demais, aí fomos nós até ao Miradouro dos Olhos do Tua. Mais uma vez vez não desilude!

Não deixe de reparar na icónica estrutura do miradouro. Também este um projecto do escultor Paulo Moura, representa a quilha de um barco que homenageia a navegação deste curso fluvial.
Mas se a estrutura já é incrível, a paisagem não se deixa ficar atrás. Como não temos palavras suficientes para descrever tamanha beleza, veja com os seus próprios olhos!

E como não dá duas sem três, eis que nos encontramos no Miradouro de Parambos. O rio a serpentear as encostas verdes, é algo que não nos irá sair da memória.

Seguimos viagem até Carrazeda de Ansiães, onde os principais pontos de interesse são o seu Pelourinho e o seu altaneiro Moinho de Vento.

De lá fomos visitar o Castelo e Vila Amuralhada de Ansiães. Devido à sua localização geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar. Foi ali, dentro das muralhas, que a sede de concelho se instalou. Ao longo dos anos a população instalou-se nas aldeias vizinhas e o castelo acabou por ficar abandonado, tendo a sede de concelho sido transferido para Carrazeda de Ansiães, a pouco mais de cinco quilómetros de distância.

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Seguimos viagem até Castedo, onde depois de uma breve caminhada, chegámos ao Miradouro do Talegre. Além das vistas soberbas, encontrará ainda o famoso Baloiço do Sobreiro. Com os cabelos ao vento, baloice e aproveite o momento!

Chegara então a hora de conhecer uma vila pitoresca desta região. Falamos, portanto, de Torre de Moncorvo. Estacionámos o carro e, sem pressas, calcorreámos o seu centro histórico. Mas o cartão-postal vai para a Igreja Matriz de Torre de Moncorvo, a quem tiramos o chapéu. É muito bonita, de facto!

Fizemo-nos novamente à estrada, até chegar à última paragem do dia: Vila Nova de Foz Côa, a capital das pinturas rupestres.

Parámos logo no Parque Arqueológico do Vale do Côa, que tem uma enorme concentração de gravuras rupestres, e no seu vizinho Museu do Côa. Mas com muita pena nossa este já se encontrava encerrado (temos motivos para voltar). Um pouco tristes, devemos confessar, afogámos as mágoas no miradouro do museu que tem uma das melhores vistas sobre o Douro, para nós.

Antes de anoitecer, ainda demos uma voltinha pelo centro para conhecer a Igreja Matriz, o Pelourinho e os Paços do Concelho. Terminámos assim o segundo dia deste roteiro por uma das zonas mais bonitas do nosso país.

Roteiro do 2º dia:

  • Miradouro de São Lourenço
  • Miradouro dos Olhos do Tua
  • Miradouro de Parambos
  • Carrazeda de Ansiães
  • Castelo e Vila Amuralhada de Ansiães
  • Miradouro do Talegre
  • Torre de Moncorvo
  • Vila Nova de Foz Côa

 

3º dia no Douro Vinhateiro

O sol começou a raiar e fizemo-nos à estrada, empolgadíssimos. Fizemos uma curta paragem no Castelo de Numão, que tem uma vista privilegiada sobre toda a região.

Seguimos até um dos famosos miradouros da região do Douro: Miradouro de Vargelas. Acredito que possamos estar a ser repetitivos, mas a verdade é uma: estas paisagens deixam qualquer um de queixo caído!

A próxima paragem do dia foi na pitoresca aldeia de São Xisto. Calcorreámos todos os cantinhos da aldeia, por entre o casario de xisto, passando ainda pela sua capela e pela fonte. O tempo parece ter parado ali, até porque durante a nossa passagem não nos cruzámos com vivalma.
Mas se conhecer a aldeia já é programa interessante, delicie-se com as vista soberbas!

Não muito longe, encontramos a Ponte Ferroviária da Ferradosa, com uma localização fantástica, bem no meio das colinas verdejantes.

Continuámos o nosso roteiro pelo Douro Vinhateiro até chegarmos ao miradouro que mais nos avassalou! Falamos, portanto, do Miradouro de São Salvador do Mundo. O rio serpenteia as encostas de videiras de uma forma invejável, como se dançassem em conjunto!

Não deixe de reparar ainda no Santuário de São Salvador do Mundo, o maior santuário do Alto Douro Vinhateiro.

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O dia já ia longo, quando parámos para conhecer a vila de São João da Pesqueira. O melhor mesmo é percorrer a pé o seu centro, naquela que é a sede de município do concelho mais antigo do país.
Os locais de maior interesse da vila são: o Convento de São Francisco, a Igreja da Misericórdia, a Torre do Relógio e a Arcada. É realmente uma vila com uma carga histórica enorme!

Deixámos assim o Douro Vinhateiro para trás, com a promessa de voltarmos. Voltamos sempre onde fomos felizes, e de facto, fomos mesmo!

Mas, de regresso a casa, conseguimos ainda visitar um dos locais que há tanto tempo estava na lista. O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego, já há muito que nos pedia uma visita!

No topo do Monte de Santo Estêvão, o Santuário é parte integrante do panorama da cidade de Lamego. Para chegar à igreja terá de enfrentar uma escadaria de 686 degraus, mas acredite, vale a pena! Ao longo da subida, não deixe de reparar no grandioso quadro denominado “Pátio dos Reis” e ainda na Fonte dos Gigantes.

Aproveite e dê também uma caminhada no vizinho Parque de Santo Estevão, que é um verdadeiro oásis de paz.

Encerrámos assim o nosso (maravilhoso) fim de semana! Ficou a promessa de voltar e descobrir os demais miradouros e vistas esplêndidas. Sim, porque é uma zona que nunca desilude e que nunca nos iremos cansar. Portanto, agora que já sabe o que fazer no Douro Vinhateiro, faça as malas e disfrute das mais belas paisagens de Portugal!

Roteiro do 3º dia:

  • Castelo de Numão
  • Miradouro de Vargelas
  • São Xisto
  • Ponte Ferroviária da Ferradosa
  • Miradouro de São Salvador do Mundo
  • São João da Pesqueira
  • Santuário de Nossa Senhora dos Remédios

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