Vietname

O que fazer em Hanói

Hanói é a capital do Vietname. E se nos pedissem para definir Hanói numa palavra seria: CAOS! Ainda assim, é também de um charme único e com muita beleza. Hanói respira história e durante muitos anos esteve no domínio chinês e francês, como se reflecte em vários pontos da cidade. Um dos marcos mais importantes da história do país foi a guerra devastadora contra os Estados Unidos. Durante a nossa viagem pelo Vietname conseguimos perceber um pouquinho mais sobre o país e confirmamos: os vietnamitas são um povo do caraças, com uma garra incrível!
Antes de prosseguirmos com o roteiro, é bom relembrar que Hanói era a capital do Vietname do Norte, quando o país estava dividido em dois. Em 1976, o país foi reunificado, e Hanói passou a ser a capital do Vietname.
Então, vamos lá mostrar-vos o que fazer em Hanói, num roteiro de dois dias.

Como ir do Aeroporto de Hanói para o centro

Partindo de Portugal, não há nenhuma companhia aérea que faça voos directos, por enquanto. No entanto, existem várias companhias que têm como destino final o Vietname. Como os preços estavam muito altos, viajámos em duas companhias diferentes. Ora então, saímos de Lisboa rumo a Londres, pela Easyjet. Daí fomos num voo directo até Hanói, pela Bamboo Airlines. Esta é uma companhia aérea low cost vietnamita e acreditem, tem excelentes condições.
Assim sendo, o Aeroporto de Hanói, Nội Bài International Airport (HAN), foi a nossa porta de entrada no Vietname e montámos o roteiro de modo a viajar do Norte para o Sul do país. Pode fazer exactamente o inverso, que será a mesma coisa!

Como já referimos, Hanói é uma cidade intensa e logo à chegada irá sentir o bafo característico do Sudeste Asiático. Além disso, mal pisa o chão à saída do aeroporto, irá ser bombardeado por várias pessoas, quer taxistas ou operadores turísticos, para o levar até ao centro da cidade. Embora o aeroporto esteja a menos de 30 km do centro de Hanói, o trânsito intenso da cidade faz com que a viagem não seja assim tão rápida. Veja quais são as opções e escolha a que melhor se adequa para si.

Táxi/Grab

Apesar de não ser a opção mais económica, o táxi é seguramente uma das formas mais práticas e confortáveis para ir do Aeroporto de Hanói ao centro da cidade (e vice-versa).

A nossa recomendação, é que peça um Grab. Assim saberá exactamente quanto irá pagar, sem ter de negociar. Convém ainda relembrar que terá de pagar a sobretaxa cobrada para saídas do Aeroporto.

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Shuttle das companhias aéreas

Existem vários autocarros oferecidos pelas companhias aéreas Vietnam Airlines, Vietjet Air e Jetstar que o deixam no centro da cidade. Normalmente, saem a cada 30-45 minutos e encontram-se na área de desembarque do aeroporto.

Esta teria sido a nossa primeira escolha, caso os preços não tivessem subido tanto. Tínhamos lido que cada viagem, por pessoa, custava 40.000 VND (1,80€). Como era barato e cómodo, nem pensámos duas vezes. Mas eis que chegámos para comprar os bilhetes, junto ao motorista, e o preço tinha subido uma exorbitância. Perguntámos a razão, até porque nos sites oficiais a informação ainda é 40.000 VND. Responderam-nos que foi por causa da pandemia e falta de turismo. Honestamente, não conseguimos dizer se é verdade ou se estavam a tentar enganar-nos. Não entrámos e recorremos ao plano B!

Autocarro

São várias as linhas de autocarro que ligam o aeroporto ao centro da cidade: 07, 17, 90 e 86. Este último, o Bus Express 86, faz menos paragens e a viagem dura cerca de 50 minutos, dependendo do trânsito.

Esta foi a opção que escolhemos e correu tudo lindamente! Com a ajuda do motorista, saímos no local mais perto do nosso alojamento. Como já tínhamos levantado dinheiro e tínhamos um cartão com dados móveis (pode ler todas estas dicas aqui), foi ainda mais fácil.

Ao sair do aeroporto, na área de desembarque, caminhe para o lado esquerdo até encontrar a placa com indicação “86”. Aguarde pelo autocarro e pague directamente ao motorista. Cada viagem custa 45 000 VND.

Tranfer

Se preferir, pode marcar um transfer privado, que o deixa mesmo à porta do seu hotel. Sem complicações e é muito prático. Marque aqui o seu transfer!

Onde ficar alojado em Hanói

Apesar de ser uma cidade enorme, é muito fácil escolher o seu alojamento. Quanto mais perto do centro, melhor! Uma das melhores referências de definir o “centro de Hanói” é o Lago Hoan Kiem.

Ao norte e a oeste do lago localiza-se o Old Quarter, o bairro antigo. Ali há opções de alojamento para todos os gostos e carteiras. Apesar das ruas serem mais estreitas e caóticas, é aqui que a maioria dos turistas fica alojado.

Uma outra zona boa para ficar é o French Quarter, o bairro francês, que se localiza a sul e a leste. As ruas são mais largas, as lojas mais caras e, consequentemente, também os hotéis são mais caros.

Nós ficámos alojados no Hanoi Sky Hotel, que fica no Old Quarter, e gostámos muito! Era limpo, tinha casa de banho privativa e o pequeno-almoço também era muito bom. Para passar algumas noites é o ideal.

O que fazer em Hanói

No total, ficámos dois dias inteiros em Hanói. Chegámos cedinho ao Vietname, e apesar de estarmos muito cansados da viagem, o nível de excitação por desbravar a cidade era ainda maior. Assim sendo, quando chegámos ao hotel, tomámos banho e partimos logo à descoberta!

Dia 1 em Hanói

A primeira paragem em Hanói foi para conhecer a Catedral de St. Joseph. Trata-se de uma imponente construção da época da colonização francesa no país. Conhecida como pequena Notre Dame, a Catedral de St. Joseph é a igreja mais antiga da cidade. Apesar da religião predominante ser o budismo, é muito interessante encontrar uma igreja católica.

Dali seguimos, ainda bêbedos com o choque cultural, até um dos cartões postais da cidade de Hanói. Falamos, claro, do Lago Hoan Kiem e Templo Ngoc Son.

O Lago Hoan Kiem é um grande lago, mesmo no centro da cidade. Um verdadeiro oásis de paz, no meio da loucura da cidade! Neste lago irá encontrar uma ilha, que abriga a Thap Rua (Torre da Tartaruga). Reza a lenda, que uma espada mágica foi enviada dos céus ao Imperador Lê Loi. Este usou-a e conseguiu a vitória sobre as forças chinesas que ocupavam o Vietname. Depois da guerra, uma tartaruga dourada (Kim Qui) arrastou consigo a espada até ao fundo do lago, para devolvê-la aos donos divinos.

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Dando a volta ao lago, irá encontrar o Templo Ngoc Son (Templo da Montanha de Jade). Para chegar até ao templo, terá de atravessar uma bonita ponte vermelha, de nome Huc (Sol Nascente). Apesar de não ser muito grande, está super bem cuidado.

A entrada custa 30 000 VND e pode visitá-lo das 7h às 18h (segunda a sexta-feira), e das 7h às 21h (sábado e domingo).

Ali perto, está um dos cafés mais carismáticos onde já estivemos. Claro que não resistimos e fomos até lá. Falamos do The Note Coffee.

Este curioso café tem uma decoração muito original. Todas as paredes, tectos, cadeiras, mesas (tudo mesmo) estão decoradas com post-its que os clientes colam com as suas mensagens. É muito colorido e super giro. O Viver o Mundo também deixou a sua marca, claro! 😋
Foi aqui que provámos o famoso Egg Coffee, feito com ovo, leite condensado e claro, café! Gostámos tanto que bebemos várias vezes no Vietname.

E já que andamos numa de provar coisas novas, dirigimo-nos ao 2cream – Homemade Ice Cream, para provar um gelado de red velvet num macarrone. A influência francesa é impressionante!

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Dali, seguimos sem rumo para conhecer o Old Quarter. Passámos por lojas de roupas, doces, brinquedos – tudo o que possam imaginar encontram ali. O mais curioso é ver como as pessoas cozinham no meio da estrada ou como são os mercados de carnes e legumes. É, de facto, um grande choque cultural!

A fome já estava a apertar e fomos provar as famosas Banh Mi. Trata-se de uma sandes composta por baguete estaladiça recheada de frango, carne bovina ou suína, com vegetais, molhos agridoces e outras ervas frescas. Um dos locais mais afamados para provar esta iguaria é no Banh Mi 25. Bom, bonito e barato!

Andando mais um pouco, irá deparar-se com o P. Ô Quan Chưởng, um portão da cidade muito bem preservado.

Retomámos o roteiro até chegarmos ao Mercado Dong Xuan, o maior mercado para visitar em Hanói. Aqui irá encontrar, literalmente, de tudo: roupa e calçado (falsificado), comida, lembranças, animais…

Para o lanche, decidimos ir ao KingRoti – Hang Gai, para provar o pão doce. É uma delícia, pelo que não deixem mesmo de lá ir!

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O dia já ia longo e o cansaço já estava a dar o ar da sua graça! Mas fomos mais fortes, e ainda demos uma voltinha pelo French Quarter. É, de facto, impressionante a diferença entre as várias zonas da cidade.

O nosso objectivo era conhecer a Hanoi Opera House (apenas por fora). A ópera é um exemplo perfeito da influência francesa e o museu exibe artefactos de diferentes períodos da história do Vietname.

Fechámos o nosso primeiro dia em Hanói com chave de ouro. Fomos assistir ao Water Puppet Show, no Thang Long Water Puppet Theatre. Este é um famoso espectáculo de marionetes na água.

O Water Puppet Show conta muitos aspectos culturais do país, através da música e encenação. Apesar de não entendermos o idioma local, foi muito bonito!

Comprámos o bilhete online, antes de ir, pois tínhamos lido que esgotam rapidamente. Achamos que fizemos uma escolha acertada, pois vimos algumas pessoas que não conseguiram bilhete para o horário pretendido! O bilhete custa entre 100 000 – 200 000 VND (consoante a bancada). Compre aqui o seu bilhete!

Roteiro do 1º dia

  • Catedral de St. Joseph
  • Lago Hoan Kiem e Templo Ngoc Son
  • The Note Coffee
  • 2cream – Homemade Ice Cream
  • Old Quarter
  • Banh Mi 25
  • P. Ô Quan Chưởng
  • Mercado Dong Xuan
  • KingRoti – Hang Gai
  • Hanoi Opera House
  • Water Puppet Show

Dia 2 em Hanói

Já tínhamos reposto todo o cansaço das viagens, então saltámos da cama bem cedinho! Tomámos um pequeno-almoço reforçado no hotel e estávamos prontos para conhecer mais de Hanói.

A primeira paragem do dia, bem pertinho do nosso alojamento, foi na Hanoi Street Train. Nesta rua estreita passa o comboio e está rodeada de casinhas e restaurantes. Infelizmente, e como já nos tinham avisado, esta rua foi fechada. Devido à imprudência dos turistas que se colocavam à frente do comboio para tirar fotografias, decidiram fechar a rua por motivos de segurança. Existem vários guardas que impedem a passagem. Ainda assim, constatámos que é possível ir lá se for consumir num dos cafés.

Apesar de ser um pouco longe, seguimos a pé até ao próximo ponto do roteiro. Estava na hora de conhecermos o Mausoléu de Ho Chi Minh.

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O Mausoléu de Ho Chi Minh é uma construção imponente, localizada no centro da Praça Ba Dinh, onde encontramos o corpo embalsamado do líder revolucionário.

Existem várias particularidades para visitar o local:

  • É proibido tirar fotografias ou filmar no interior do templo.
  • A máquina fotográfica fica retida na entrada, que depois é devolvida à saída.
  • Tem de se andar em fila e não sair do trajecto.
  • É preciso entrar de joelhos e ombros tapados.
  • O local é vigiado por imensos guardas.

A entrada é gratuita e as visitas podem ser realizadas de terça a quinta-feira e aos sábados e domingos, das 8h às 10h30. Como o horário é bastante restrito, sugerimos que chegue cedo!

Depois da visita ao Mausoléu, pode andar livremente pelo recinto. Ali irá encontrar o One Pillar Pagoda, um templo budista, inspirado numa flor de lótus. Como o nome indica, o templo é sustentado por apenas um pilar central, no meio de um lago.

Se é fã de museus, saiba que ali está localizado o Museu Ho Chi Minh, que conta toda a história de vida do líder comunista. Nós optámos por não visitar o interior.

Caminhámos ainda algum tempo, até chegar ao próximo destino. No entanto, se preferir, pode apanhar um táxi/grab. Fomos então visitar o Quán Thánh Temple.

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O templo tem uma majestosa entrada de três portas e ao entrar sente-se uma paz única! O pátio tem muita sombra e o altar está ricamente decorado! Gostámos muito!

Atravessámos a ponte e fomos conhecer outro templo, o Den Thuy Trung Tiên. Apesar de ser muito pequenino, achámos a pontezinha que nos leva até ao templo muito fofa!

Já era hora de almoço e acabámos por ir a um restaurante ali perto (Havana Cafe), onde provámos o famoso Pho. Este é um dos pratos mais famosos do Vietname. Pho é um prato de sopa de noodles com carne de vaca ou galinha, rebentos de feijão, raspas de lima e ervas frescas, servida por todo o país. Na verdade a palavra “Pho” refere-se aos noodles de arroz, mas o prato é tão consumido que a associação com a sopa é imediata. Pessoalmente, não gostámos! Mas vale a pena experimentar, claro!

Ali perto encontramos um dos cartões postais da cidade, o Pagode Tran Quoc. Este é considerado o templo budista mais antigo da cidade (com mais de 1500 anos de história). Possui 15 metros de altura e é dividido em 11 níveis, um para cada um dos estados budistas existentes. A entrada é gratuita.

Não deixe de reparar nas ilustrações de quem cometeu pecados e acabou por receber um castigo (normalmente uma doença, a desgraça financeira ou familiar, ou mesmo a morte). Chamam-lhe a Lei do Karma.

Dali, apanhámos um Grab até ao próximo destino: o Templo da Literatura (Van Mieu).

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O Van Mieu foi sede da primeira universidade vietnamita e possui uns bonitos jardins. Serviu o seu propósito de  universidade durante 700 anos e era restrita aos príncipes e à nobreza do país.

O local conta com pavilhões, estátuas, corredores e espaços onde são realizadas várias cerimónias. Não pode mesmo deixar de visitar o Templo da Literatura! A entrada custa 30 000 VND.

Recorremos novamente ao Grab e dirigimo-nos ao último local a visitar neste dia. Ainda conseguimos ir a tempo de visitar a Prisão Hỏa Lò, um dos edifícios mais importantes do país.

Inaugurada em 1896, a prisão foi erguida pelos franceses para abrigar líderes políticos que lutavam contra a colonização. Actualmente é um museu que conta os horrores de como eram tratados os presos na época: pés algemados, torturas, falta de alimentação, decapitações. Foi um murro no estômago.

Anos mais tarde, a prisão foi usada pelo Vietname do Norte para abrigar soldados dos Estados Unidos capturados na guerra. No fundo da prisão há ainda um memorial, assim como um espaço dedicado aos pedidos pelo fim da guerra do Vietname. Foi realmente uma visita muito intensa, mas essencial para perceber a história do país!
Cada bilhete custa 30 000 VND e poderá visitá-la todos os dias, das 8h às 17h.

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Depois desta dolorosa visita, precisávamos de desanuviar. Fomos comer um gelado a uma das gelatarias mais famosas, a Kem Tràng Tien. É uma gelataria tradicional (desde 1958), e para além dos gelados serem super deliciosos são também muito baratos (cerca de 0,50€).

Para terminarmos a nossa (breve) passagem por Hanói, fomos jantar com um casal de portugueses – há sempre um português, claro!

Conversa puxa conversa, e acabámos a noite numa das ruas mais festivaleiras da cidade, a Ta Hien Corner (ou Beer Street). Esta rua está repleta de bares onde servem as cervejas vietnamitas mais famosas do país e também algumas internacionais.

Apesar de ser claramente um local para turistas (com preços para turistas, também), é um ponto essencial numa visita em Hanói!

Acabou assim a nossa estadia pela caótica Hanói. No dia seguinte rumávamos à idílica Halong Bay!
Gostámos muito de Hanói, apesar do trânsito intenso. Na verdade, é mesmo deste choque cultural que gostamos… Agora que já sabe o que fazer em Hanói… Boas aventuras! 🤭

Roteiro do 2º dia

  • Hanoi Street Train
  • Mausoléu de Ho Chi Minh
  • One Pillar Pagoda
  • Museu Ho Chi Minh
  • Quán Thánh Temple
  • Den Thuy Trung Tiên
  • Pagode Tran Quoc
  • Templo da Literatura (Van Mieu)
  • Prisão Hỏa Lò
  • Kem Tràng Tien
  • Ta Hien Corner (ou Beer Street)

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