Salamanca

O que visitar em Salamanca – Roteiro de dois dias

Corria o mês de Junho de 2021, quando decidimos dar um pulinho até terras de nuestros hermanos! Juntámos o fim-de-semana com um feriado e ponte, o que contabilizou no total quatro magníficos dias. O plano principal era visitar Salamanca, mas quando começámos a planear a viagem, decidimos acrescentar também a Ciudad Rodrigo, La Alberca e Mogarraz. Como fomos de carro, podíamos parar onde e quando quiséssemos! Sendo tão pertinho era um crime não conhecermos esta cidade que irradia beleza!
Salamanca é uma cidade histórica e foi apelidada de La Dorada, pelos seus edifícios de arenito dourado que parecem brilhar à luz intensa do sol. Se visitar esta cidade também está nos seus planos, venha então descobrir o que visitar em Salamanca, num roteiro de dois dias.

Dia 1 em Salamanca

O dia brindava-nos com os seus primeiros raios de sol, e já estávamos na estrada, rumo a Espanha! Para a viagem não ser tão cansativa, decidimos fazer a primeira paragem na Ciudad Rodrigo, que dista cerca de 30 km da fronteira. O plano era esticar as pernas, almoçar e seguir viagem até Salamanca. Mas percebemos que seria um erro ir embora sem a conhecer minimamente. Ciudad Rodrigo é uma cidade fortaleza fronteiriça, muitas vezes negligenciada mas com muito para ver. Como tal, decidimos explorar um pouco!

Começámos por passear pela Plaza Mayor. Trata-se de uma praça muito bonita onde se respira história, tal como a maioria das praças principais das cidades espanholas. Está repleta de cafés, restaurantes e lojas. Nesta praça localiza-se ainda o Ayuntamiento de Ciudad Rodrigo.

Fomos ainda espreitar a Catedral de Santa Maria, também conhecida por Catedral de Ciudad Rodrigo. Dedicada à Nossa Senhora Santa Maria foi declarada Monumento Nacional, em 1889. Infelizmente o tempo era escasso e não conseguimos visitar o seu interior. No entanto, ficámos abismados com a sua grandeza! Para além de que todo o conjunto arquitectónico apresenta detalhes magníficos!

Passeámos um pouco pelas ruelas e seguimos viagem. Apesar de ter sido pouco tempo, serviu de aperitivo para o que viria a seguir – Salamanca!

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Chegados a Salamanca, a primeira coisa que fizemos foi dirigir-nos ao hotel para fazer o check-in. Optámos por ficar no Hotel Castellano Centro por diversas razões: era barato, perto do centro e tinha parque de estacionamento privado. Para nós, esta última condição era o mais importante, uma vez que para além de ser difícil estacionar em Salamanca, os parques são muito caros. Assim estávamos descansados, e durante dois dias andámos sempre a pé pela cidade. Só pegámos no carro para sair de Salamanca. Atenção que esta dica vale ouro! 😜

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A tarde já ia a meio e então demos corda às sapatilhas! A primeira paragem, como não poderia deixar de ser, foi na Plaza Mayor de Salamanca. A Plaza Mayor é uma das maiores e mais bonitas praças de Espanha, sendo também o local mais movimentado. Considerada o coração da cidade, é por aqui que deve começar o seu roteiro!

A praça foi construída no séc. XVIII em estilo barroco, seguindo o projecto de Alberto Churriguera. A praça já funcionou como mercado, arena de touros, sala de concertos, entre outros.
Hoje em dia, encontramos ali o Ayuntamiento de Salamanca, no topo norte. Na sua decoração destacam-se os medalhões, entre os quais os de Carlos I, Alfonso XI, Fernando VI, Cervantes e Santa Teresa.

Além disso, sob os 88 arcos estão instalados comércios, cafés e restaurantes. Atente a todo e qualquer pormenor, porque de facto, seja de que perspectiva for, é uma belíssima praça!

A poucos metros da praça, encontramos a Igreja românica de San Julián y Santa Basilisa. Antes de estranharem, vamos já avisar que não conseguimos entrar em nenhuma das igrejas da cidade. O motivo: estavam sempre encerradas! Não entendemos a razão – será por causa da pandemia?!

Seguimos pela Calle San Pablo, onde entrámos no Palacio de la Salina. O palácio apresenta um estilo renascentista e é possível visitar o seu pátio, sem custos. O pátio está repleto de detalhes e está praticamente sempre vazio, pois não costumam incluí-lo nos roteiros tradicionais. Até custa acreditar na paz que ali se vive, em contraste com a agitação da cidade!

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Passando pelo Palacio de Orellana, vamos encontrar na Plaza de Colón, a Torre del Clavero. A Torre del Clavero fazia parte do Palácio do Sotomayor, e tem uma base quadrada que, à medida que sobe, torna-se um octógono.

Caminhando um pouco mais, fomos conhecer o Convento de las Dueñas. Hoje em dia, quase passa despercebido. Mas acreditem, vale a pena conhecer o seu interior, que tem um custo de 2€/pessoa.

Em tempos seria um palácio, mas em 1419 foi doado e convertido num convento para hospedar as freiras da Ordem de Santo Domingo. Desde a sua fundação, as freiras têm dedicado toda a sua vida à oração, estudo e trabalho.

O seu interior conta com uma pequena exposição, mas é o claustro que arrebata todas as atenções. Para além da sua beleza estética, é um local de retiro e paz interior!

No final da visita, não deixe de provar a doçaria conventual, fabricada pelas próprias freiras. Uma verdadeira tentação divina! 🤭

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Ali pertinho encontramos a imponente Igreja e Convento de San Esteban. O local pertence à ordem Dominicana e foi dedicado a Santo Estevão, santo martirizado no séc. XVII.

A fachada não deixa ninguém indiferente, que apresenta detalhes esculpidos com enorme perfeição! Infelizmente não conseguimos visitar o seu interior, pois já se encontrava encerrada. Mas saiba que pode fazê-lo por 3,5€ por pessoa!

Um dos locais da cidade que queríamos muito visitar era o Barrio del Oeste. Assim sendo, foi para lá que nos dirigimos.
Como sabem, somos amantes de arte urbana e este bairro não podia faltar no nosso roteiro. Nem conseguimos perceber o porquê de não constar nos mapas turísticos! Arte de rua é pública – pertence a todos!

Desde 2013 que vários artistas têm-se vindo a juntar com o objectivo de revitalizar o bairro. Não existe propriamente um itinerário estabelecido para fazer esta rota. A nossa sugestão é começar na Plaza del Oeste, por exemplo, e deixar-se levar pelas ruelas do bairro. Não vimos todas as pinturas (nem pouco mais ou menos), mas adorámos a boa vibe do bairro!

Já eram mais que horas e decidimos jantar no café/bar La Oficina. As tapas ali são maravilhosas e têm uma excelente relação qualidade/preço.

Roteiro do 1º dia em Salamanca

  • Ciudad Rodrigo (Plaza Mayor e Catedral de Santa Maria)
  • Plaza Mayor de Salamanca
  • Igreja românica de San Julián y Santa Basilisa
  • Palacio de la Salina
  • Palacio de Orellana
  • Torre del Clavero
  • Convento de las Dueñas
  • Igreja e Convento de San Esteban
  • Barrio del Oeste

Dia 2 em Salamanca

O 2º dia em Salamanca começara bem cedo, pois ia ser bem recheadinho! Do hotel fomos a pé até à Plaza de Anaya, uma das praças mais agradáveis da cidade. Vai encontrar muitos turistas a descansar, mas também vários estudantes, visto que fica próxima das faculdades. Aprecie todos os monumentos em seu redor!

Mesmo em frente a essa praça vai encontrar um dos cartões postais desta cidade espanhola. Falamos, claro, da Catedral de Salamanca. Apesar de não ser muito comum, Salamanca tem duas catedrais que estão interligadas entre si: Catedral Vieja (século XII ao XIV) e Catedral Nueva (século XVI). A Catedral Nova, gótica, renascentista e barroca, nasce e cresce a partir da outra. A Catedral Velha apresenta um estilo românico. Apesar das Catedrais estarem apenas divididas por uma porta, consegue-se perceber bem os dois estilos arquitectónicos ali presentes. É muito engraçado!

A Catedral Nova é o maior e mais alto edifício da cidade e reflecte a ideia do desenvolvimento urbano. Antes de entrar nesta catedral preste muita atenção à sua fachada, que prometemos que vai ser um desafio! Possivelmente não vai ser o único com os olhos postos ali. Tudo isto porque a parte inferior do pórtico esconde figuras esculpidas, no mínimo bem hilariantes. Ali estão representados um astronauta, sapos e um macaco a comer o seu gelado. Verdade!
No interior da Catedral Nova destacamos as belas capelas, o altar e o órgão enorme.

Curiosidade
Em 1755, o terramoto de Lisboa danificou gravemente a torre dos sinos. Como tal, o sineiro teve de escalar até aos sinos para tocá-los. Hoje em dia essa tradição mantém-se e a cada 31 de Outubro alguém sobe até lá e toca.

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O acesso à Catedral Velha efectua-se através do interior da Catedral Nova. Aqui destacamos a Capela de San Martín e o retábulo do altar com 53 painéis pintados, autoria de vários pintores chefiados por Dello Delli.

Existem duas formas de visitar as catedrais, embora uma visita não substitua a outra. Uma das formas é entrar pela Catedral Nova, que dá acesso à Nova e à Velha e tem um custo de 6€/pessoa, com direito a audio-guia. Uma outra forma é fazer a visita subindo às torres, e assim ter uma perspectiva diferente. Esta tem um custo de 4€/pessoa.
Tal como referimos, uma não substitui a outra, sendo que o ideal é fazer ambas as visitas. No entanto, se vai com o tempo contado, tal como nós, terá de fazer opções. No nosso caso, decidimos fazer a visita às torres, onde também conseguimos ver o interior de ambas as catedrais, mas de cima.

Ao visitar a exposição permanente do Museu Ieronimus, está incluída a subida à Torre Mocha e à Torre de Campanas e permite também caminhar sobre os telhados da catedral. Através de uma passagem localizada entre os dois templos, podemos ainda ver de perto a Torre del Gallo, assim chamada devido ao catavento em forma de galo que a coroa.

Como referimos em cima, conseguimos ainda ver o interior das duas catedrais, de cima. Temos ainda acesso a várias salas com áreas de descanso, informações, audiovisuais e vitrines com objectos e documentos do arquivo da catedral.

Uma das partes mais bonitas da visita é também um terraço com parapeitos medievais, que oferece vistas deslumbrantes da cidade. É incrível!

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A subida ao Ieronimus é uma experiência única, mas saiba que para o fazer terá de enfrentar várias escadas em caracol, visto que não há elevadores.

Visita finalizada e seguimos até ao Patio Chico. Este é o único ponto em que pode ver, de fora, as duas catedrais lado a lado. Mais um local imperdível!

Dali seguimos até outro tesouro da cidade, a Universidad de Salamanca. Esta é uma das universidades mais antigas da Europa e foi graças à mesma que Salamanca foi ganhando identidade. A fachada da Universidad de Salamanca é de deixar qualquer um de queixo caído. Está ricamente decorada com esculturas até ao mais ínfimo pormenor.

Uma dessas figuras esculpidas é o famoso sapo, que se tornou o símbolo de Salamanca. Vai certamente encontrar muitas pessoas que atentamente tentam encontrá-lo!
Claro está que há uma lenda para quem descobrir o sapo: o estudante que o encontre sem qualquer pista, passará a todos os exames do ano. Mesmo não sendo o nosso caso, foi muito divertido e desafiante resolver o enigma!

É possível visitar o interior da universidade mediante um custo de 10€ por pessoa (não há multibanco). Ali vai encontrar um claustro, várias salas de aula seculares e uma das bibliotecas mais antigas do Mundo.

Através do Pátio das Escolas, faça uma visita às Escuelas Menores de la Universidad de Salamanca, que alberga parte da reitoria. Dentro deste edifício encontrará um tecto astronómico conhecido como El Cielo de Salamanca, um fresco que representa o Zodíaco. Disseram-nos que esta área era muito bonita, mas infelizmente não conseguimos visitar, pois encontrava-se em obras. Bom motivo para regressar, não? 😉

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Seguimos pela Calle Los Libreros, uma das ruas mais bonitas de Salamanca, onde parámos no La Luna para almoçar. Para além de ser barato (menú com tudo incluído a 12,50€), a comida era muito boa.

Já mais compostinhos, seguimos o roteiro até um dos pontos mais românticos, o Huerto de Calixto y Melibea. Este seria o ponto de encontro dos amantes à imagem de Calixto e Melibea, os principais personagens do livro La Celestina, uma obra importante da literatura espanhola. É um local encantador!

Caminhando mais um pouco, chegamos à Ponte Romana que tem a vista mais bonita de Salamanca.

A ponte sobre o Rio Tormes data do século I d.C. e é um dos marcos mais antigos da cidade. Vale a pena passear pelas margens do rio ou simplesmente sentar-se num banquinho a usufruir da bela paisagem!

Fizemos o caminho inverso, até ao centro histórico novamente (nós avisámos que este dia era bem preenchido). Desta feita, fomos visitar a Casa de las Conchas, que não passa despercebida por quem ali passa. A sua fachada conta com mais de 300 conchas esculpidas.

O palácio que outrora já foi prisão universitária alberga agora a Biblioteca Pública de Salamanca. Vale a pena subir ao andar de cima, onde se tem uma bonita vista.

Atrás da Casa de las Conchas podemos ver as torres da Igreja Clerecía e da Universidad Pontificia de Salamanca, instituição de ensino superior privada.

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Seguimos pela Calle de la Compañía, uma das ruas históricas da cidade, e numa agradável caminhada passámos pela Igreja de San Benito, pelo Palacio Monterrey, e pelo Convento de las Úrsulas (ou Convento de la Anunciación).

O dia já estava a terminar, e depois de jantar fomos novamente até à Plaza Mayor onde fomos recebidos pelos seus edifícios magnificamente iluminados, o que nos deixou (ainda mais) rendidos. Seja de dia ou de noite, esta praça é mesmo especial!

Apesar de deixarmos Salamanca para trás, a viagem ainda não tinha terminado. Até porque nos dias seguintes iríamos descobrir duas das aldeias mais bonitas de Espanha: La Alberca e Mogarraz!

Roteiro do 2º dia em Salamanca

  • Plaza de Anaya
  • Catedral de Salamanca (Catedral Nueva e Catedral Vieja)
  • Museu Ieronimus
  • Patio Chico
  • Universidad de Salamanca
  • Escuelas Menores de la Universidad de Salamanca
  • Huerto de Calixto y Melibea
  • Ponte Romana
  • Casa de las Conchas
  • Igreja Clerecía
  • Universidad Pontificia de Salamanca
  • Igreja de San Benito
  • Palacio Monterrey
  • Convento de las Úrsulas
  • Plaza Mayor de Salamanca (de noite)

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